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MP e CREA apuram uso ilegal de agrotóxicos em lavoura de AL

 
CREA

Um grave crime ambiental pode estar ocorrendo em área rural de Colônia Leopoldina. O uso de agrotóxico de forma pulverizada e indiscriminada é apontado como causador da destruição de lavouras da agricultura familiar no município, um prejuízo de quase R$ 300 mil, que pode gerar danos futuros.


Um laudo técnico, que constatou as denúncias, foi produzido por uma engenheira agrônoma e servirá de base para investigação a ser feita pelo Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas), que vai acionar o Ministério Público Estadual. O laudo técnico mostra prejuízos por danos causados em pulverização aérea não autorizada, realizada por uso de drones, atingindo lavouras existentes em sítio de Colônia Leopoldina.


A cultura predominante e mais afetada na região é a banana em regime de agricultura familiar, mas na área há cultivo de maracujás, cajás, abacates, cajus, cocos, goiabas, dentre outros em área de 7 hectares. O laudo técnico mostra diversos aspectos que atestam a aplicação por via aérea do herbicida, como árvores de porte elevado apresentando tons avermelhados e amarelados, característicos de queima química e absolutamente incompatíveis com aspecto de seca.


“Adentrando a área foi possível observar bananeiras tombando, sem estarem carregadas e cachos de banana com vários frutos amarelados e intocados, característica de amadurecimento forçado pelo efeito químico do herbicida, o que gera o amarelecimento do fruto sem que o mesmo esteja no estágio correto de maturidade, e não permitindo a natural aproximação de pássaros e saguis, que beliscam os frutos que amadurecem lentamente, seguindo o curso natural de amadurecimento”, informa trecho do relatório.


“Prejuízos econômicos gigantescos e prejuízos ambientais igualmente gigantes. Árvores nativas, pequenas árvores em formação, árvores milenares, testemunhas de muitas gerações, morrendo a olhos vistos, sem possibilidade de recuperação”, reforça outro trecho do laudo, que aponta que “diante de todos os prejuízos aqui levantados avalia-se que, para retomada de atividades econômicas agrícolas, com fins de geração de renda, levando em consideração que deverão ser tomadas diversas providências com o fim de desintoxicação do solo, só deverá ser possível num período de 15 a 18 meses, tendo como base prioritária a cultura da banana”, destaca o documento.


O ambientalista Ricardo Ramalho cobra investigação do caso. “Há tempos que alertamos sobre a pulverização aérea. Esse é um problema muito grave que foi detectado há menos de um mês. Além de afetar a lavoura, a terra continua com sequelas, demora para se recompor. Me parece uma operação clandestina que não sabemos de onde partiu, mas é muito grave”, destaca o ambientalista e diretor do Instituto Terraviva, Ricardo Ramalho.


O levantamento feito na área mostra que o maracujá precisará ser replantado, além de adubado para garantir a futura safra, pois diversos micro-organismos que garantiam a adubação natural do solo, também foram afetados e que o próximo ciclo produtivo se dará em torno de 6 meses.


“A banana terá que ser feito o manejo de retirada de partes adultas afetadas em todas as touceiras, deixando apenas as partes jovens que foram pouco afetadas e têm possibilidade de recuperação e futura produção, num prazo variável entre 12 e 18 meses”, destaca.


Em entrevista à Gazeta, engenheiro agrônomo e conselheiro do Crea/AL José Teodorico Araújo disse que a presidente da entidade, engenheira civil Rosa Tenório será informada sobre o caso e deve procurar o Ministério Público Estadual para, juntos, apurarem a denúncia.


Fonte: Gazeta Web

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