Estreantes na B3 mostram que é possível começar a investir com tíquetes menores
O número de alagoanos que investem na bolsa de valores aumentou 50% em novembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da B3, a bolsa de valores brasileira. São 29.361 investidores este ano, ante 19.510 no ano passado. Ao todo, os alagoanos possuem R$ 1 bilhão de investimentos na bolsa.
Os dados mostram que os homens ainda são maioria quando o assunto são investimentos aqui em Alagoas. São 23.009 investidores do sexo masculino e 6.352 mulheres. Ou seja, 78% dos investidores alagoanos são homens. Em relação aos valores, os homens alagoanos investem R$ 835 milhões e as mulheres investem R$ 192,8 milhões.
Apesar do cenário de incerteza global que aumentou a volatilidade nos mercados, o número de investidores do tipo pessoa física com ativos em renda variável cresceu 35% entre o 3º trimestre de 2021 e igual período deste ano, passando de 3,3 milhões para 4,6 milhões. Entre o 2º e 3º trimestres deste ano, houve um aumento de 200 mil investidores.
Com o aumento da taxa Selic, o número de investidores em produtos de renda fixa passou de 9,6 milhões para 12,6 milhões. O Tesouro Direto já soma mais de 2,1 milhões de CPFs, com alta de 25% em relação ao 3º trimestre de 2021.
“Os números mostram que o brasileiro continua buscando oportunidades e diversificação de investimentos, seja em produtos de bolsa ou de renda fixa. Esses dados demonstram que ainda há um enorme potencial no país e que milhões de pessoas já começaram a diversificar sua carteira para além da tradicional poupança. Isso explica o saldo positivo e crescimento recorrente do número de pessoas físicas nos últimos anos”, avalia Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3.
A B3 realizou um levantamento complementar ao 3º trimestre de 2022, trazendo um estudo inédito sobre a movimentação de pessoas físicas em outubro, mês marcado por um aumento da volatilidade em função do processo eleitoral. Os dados mostraram que o número de pessoas físicas em bolsa registrou mais um crescimento, com aumento no volume negociado e na participação em custódia dos ativos.
O volume médio negociado por dia no mercado à vista de renda variável aumentou 18%, passando de R$ 7,8 bilhões para R$ 9,2 bilhões. O produto mais negociado foram as ações, com alta de 20% no volume médio diário em relação ao 3º trimestre, seguido pelos ETFs, com alta de 17%. O volume de ativos de renda variável sob custódia subiu R$ 11 bilhões entre setembro e outubro, chegando a R$ 504 bilhões.
Destaque para a renda fixa que, no mês, ganhou 100 mil novos investidores. O montante sob custódia na B3 aumentou R$ 30 bilhões, alcançando R$ 1,485 trilhão. O Tesouro Direto está próximo de alcançar sua marca histórica de R$ 100 bilhões em custódia.
Entre as 106 mil pessoas de todo o país que estrearam em renda variável na B3 apenas no mês de setembro de 2022, 31% fizeram seu primeiro investimento com valores de até R$ 40 e, outros 29%, entre R$ 40 e R$ 200. Isso reforça que mais brasileiros têm descoberto que é possível começar a investir em renda variável com tíquetes de entrada menores e têm buscado experimentar novas opções, com vistas a ganhos maiores no longo prazo.
Em 2016, 21% dos investidores possuíam mais de 5 tickers em carteira. Hoje, esse número subiu para 37%. Os investidores com mais de 5 tickers no portfólio são responsáveis por 73% do saldo em custódia das pessoas físicas na bolsa. Há 6 anos, 75% das pessoas físicas na B3 investiam apenas em ações. Em 2022, esse percentual caiu para 33%. Outros 17% dos investidores investem tanto em ações quanto em fundos imobiliários; e 14% dos investidores optaram por investir apenas em BDRs.
Fonte: Gazeta Web